quinta-feira, 26 de maio de 2011

Somos tão menosprezados que trabalhamos debaixo do chão

Este sonho foi anterior ao do cérebro. Aliás, tive-o mesmo antes dele... Suponho até que houvesse uma ligação entre os dois, se bem que eu não me lembre dela.
Tínhamos tido a última aula de animação, e estávamos a preparar-mo-nos para deixar o estúdio e partir de férias. Desligámos os computadores, arrumámos o furador de folhas, guardámos lápis, papéis...
Estava tão ocupada a pôr cada coisa no seu devido lugar que não me apercebi que, ao contrário da realidade (graças a Deus), não havia janelas na sala.
Quando terminámos, sacudimos as mãos, muito felizes, e passámos pela porta para um corredor muito escuro, cheio de motores, válvulas, e caldeiras.
Lá, havia, no centro, uma escada de metal, pela qual subimos um a um. O primeiro abriu uma portinha redonda semelhante à de um submarino. Ao passarmos por ela, chegávamos à superfície. Curiosamente, em vez de ficar na faculdade, o estúdio de animação situava-se no subsolo da Alameda D. Afonso Henriques, a qual subi durante três anos para chegar À António Arroio.
Quando já estávamos todos fora da sala, forrámos a abertura com cartão e fita-cola, antes de tornarmos a fechar a porta.
Pouco depois, o Rodrigo comunicou-nos, muito aflito, que se havia esquecido da borracha dentro da sala. Voltámos todos atrás, abrimos a porta e rasgámos o cartão com uma faca para que o rapaz pudesse passar e ir buscar a sua preciosa borracha.

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