terça-feira, 24 de agosto de 2010

Saudades do bairro??

Ontem sonhei que queria ir ao bairro alto. Tinha de ir! Mas a minha mãe não me deixava sair... Por isso, sai de casa a voar.
Voei ao longo da costa portuguesa (que era muito diferente do que e na realidade)a procura de um lugar iluminado e colorido. As vezes pensava que tinha chegado ao meu destino e descia, mas encontrava um lugar deserto iluminado por uma luz branca, e dividido em pequenos rectangulos por baixos muros brnacos, e logo tornava a subr.
Quando finalmente encontrei o bairro alto, deixei-me cair ate ao chão. Recebi então uma sms da minha mãe, que chegou escrita com uma letra muito parecida com a dela, que me pedia desculpas por não me ter deixado sair. Guardei o telemóvel e olhei a minha volta.
Tinha esperança de encontrar alguns amigos, apesar de não termos combinado nada, mas o bairro estava vazio como nunca o tinha visto há noite.
Deambulei um bocado por uns bares ate me deparar com dois colegas, um que não via desde o nono ano, outro desde o quarto! Eram o Mauro e a Catarina... como será que se tinham conhecido? Aproximei-me a espera de uma oportunidade para lhes falar, ansiosa por saber se me reconheciam.
Entretanto, ouvi a voz da minha mãe, vinda de fora do sonho, a perguntar ao meu irmão se tinha visto uma peça do secador.
-A minha mãe só quer saber se vi uma peça do secador... - disse aos meus amigos.
E no momento seguinte a minha mãe agarrou-me os dedos dos pés e abanou-os com delicadeza para me acordar, perguntando-me depois se eu sabia onde estava a tal peça.
-Não sei, mãe, há mais de uma mês que não uso o secador... - respondi prontamente, uma vez que já sabia qual era a pergunta.
Quando a minha mãe saiu do quarto, fiquei a pensar que não tinha chegado a saber como estavam os meus colegas, nem se me iriam reconhecer... Que pena, estava a ser um sonho tão bom... "Pode ser que continue" pensei, aninhando-me nos lençóis.
Resultou. Passados uns instantes, estava outra vez naquela estranho bairro alto, com ruas vazias e iluminado em tons de vermelho e amarelo.
Mas os meus colegas não estavam la: só o meu irmão, que queria que fosse sair com ele e os seus amigos.
Saímos do bar e encontramo-nos com os seus colegas, entre os quais estava o Sponge Bob Square Pants, que se queixava da mais recente dobragem da sua voz, demasiado fina.
Entretanto, alguém gritou ao longe:
-Ei, Sponge, 'tas c'o Tomas?
-Sim! - gritou ele de volta - 'Tou c'o meu amigo Tomas, que e giro mas não e p'ra ver!
Depois disto, eu e o meu irmão afastamo-nos: queria mostrar-me um bar onde costumava ir com os amigos.
Para la chegar, era preciso passar pelo telhado de uma antiga e pobre casa.
Subitamente, era de dia, e um nevoeiro espesso toldava o céu.
Eu e o meu irmão estávamos os dois a atravessar o telhado quando de repente eu cai, morta de medo e a rir a bandeiras despregadas.
-Carolina! - gritou ele, mais divertido que alarmado, e correu a segurar-me.
Bem tentei, mas não consegui tornar a subir para o telhado: escorregava constantemente:
-Tomas, não podemos ir por outro lado? - perguntei, já a ficar preocupada.
-Não. Temos de ir por aqui! - insistiu ele, num tom brincalhão.
-Mas... Tomaaaaas! - gritei, ao cair do telhado.
De olhos esbugalhados, espantada e divertida, dei comigo sentada num alpendre, mesmo abaixo do telhado. Era muito confortável...
Pus-me de pé com um salto e estava prestes a sair dali para fora quando um homem de aspecto rude, gordo, com barba por fazer, suspensórios e chapéu de palha, enfiou a mão no meu bolso e de la tirou algo muito semelhante a uma bola de bilhar. Era um comprimido. Não me lembro como, quando, ou a que propósito, mas sei que tinha ido para ao meu bolso pouco antes, durante o meu sonho. Tenho ideia que estava a usar um vestido azul de inverno, e um casaco castanho que não vejo há muitos anos, (e que por acaso fica muito mal com o tal vestido) que já nem me deve servir. Não me lembro que roupa estava a usar ate então.
Sorri para o homem e fui-me embora, passando por um buraco numa grade que rodeava a propriedade.
Oculta entre urtigas e outras plantas selvagens, vi uma mulher de papel aproximar-se do homem rude, e gritar-lhe:
-Com quem estavas, homem! Andas-m'a trair! - choramingou ela - Vou-m'embora!
-Oh, mulher, não vás! Na tava aqui ninguém!
-As roupas que estavam no alpendre estão amachucadas! Esteve ai alguém!
-Na esteve nada! Não te vás embora!
Acho que fizeram as pazes...

Os jonas brothers presenciam um momento de paz

Tive ha ja umas semanas um sonho muito curioso... Vi, numa pista de gelo, a sair de um coche que caira, os Jonas Brothers, cheios de medo de se terem metido nalguma alhada.
Ao levantarem-se e olharem a sua volta, deparam-se com as bancadas do pavilhao atlantico, ao redor da pista de gelo, cheias de chineses. havia chineses nas bancadas.
Num repente, os chineses desatam a gritar, irados, e, no momento seguinte, a cantar.
-Estao a ter um momento de paz! - disse alguem perto de mim, que estava na bancada. -E muito raro, deviamos sentir-nos priveligiados por pudermos ver isto!
"Momento de paz?" pensei. Levantei-me na cadeira e gritei para os chineses:
-Deixem-se de parvoices! Nao veem que estao a fazer da vossa naçao e da vossa cultura uma caricatura!?
Mas ninguem me ligou nenhuma: em vez disso, começaram todos a abraçar-se, a beijar-se... e por ai fora.
-Oh meu Deus!... - exclamei.
Depois de alguns minutos, a multidao de chineses levantou-se como se nada tivesse acontecido e foi-se embora. Do meio das bancadas vazia, uma tia minha gritava:
-Entao e para mim, nao ha nada? O senhor... - nao me lembro no nome do senhor que ela chamava - Olhe que eu nao gosto quando para mim nao ha nada!