Ontem sonhei que queria ir ao bairro alto. Tinha de ir! Mas a minha mãe não me deixava sair... Por isso, sai de casa a voar.
Voei ao longo da costa portuguesa (que era muito diferente do que e na realidade)a procura de um lugar iluminado e colorido. As vezes pensava que tinha chegado ao meu destino e descia, mas encontrava um lugar deserto iluminado por uma luz branca, e dividido em pequenos rectangulos por baixos muros brnacos, e logo tornava a subr.
Quando finalmente encontrei o bairro alto, deixei-me cair ate ao chão. Recebi então uma sms da minha mãe, que chegou escrita com uma letra muito parecida com a dela, que me pedia desculpas por não me ter deixado sair. Guardei o telemóvel e olhei a minha volta.
Tinha esperança de encontrar alguns amigos, apesar de não termos combinado nada, mas o bairro estava vazio como nunca o tinha visto há noite.
Deambulei um bocado por uns bares ate me deparar com dois colegas, um que não via desde o nono ano, outro desde o quarto! Eram o Mauro e a Catarina... como será que se tinham conhecido? Aproximei-me a espera de uma oportunidade para lhes falar, ansiosa por saber se me reconheciam.
Entretanto, ouvi a voz da minha mãe, vinda de fora do sonho, a perguntar ao meu irmão se tinha visto uma peça do secador.
-A minha mãe só quer saber se vi uma peça do secador... - disse aos meus amigos.
E no momento seguinte a minha mãe agarrou-me os dedos dos pés e abanou-os com delicadeza para me acordar, perguntando-me depois se eu sabia onde estava a tal peça.
-Não sei, mãe, há mais de uma mês que não uso o secador... - respondi prontamente, uma vez que já sabia qual era a pergunta.
Quando a minha mãe saiu do quarto, fiquei a pensar que não tinha chegado a saber como estavam os meus colegas, nem se me iriam reconhecer... Que pena, estava a ser um sonho tão bom... "Pode ser que continue" pensei, aninhando-me nos lençóis.
Resultou. Passados uns instantes, estava outra vez naquela estranho bairro alto, com ruas vazias e iluminado em tons de vermelho e amarelo.
Mas os meus colegas não estavam la: só o meu irmão, que queria que fosse sair com ele e os seus amigos.
Saímos do bar e encontramo-nos com os seus colegas, entre os quais estava o Sponge Bob Square Pants, que se queixava da mais recente dobragem da sua voz, demasiado fina.
Entretanto, alguém gritou ao longe:
-Ei, Sponge, 'tas c'o Tomas?
-Sim! - gritou ele de volta - 'Tou c'o meu amigo Tomas, que e giro mas não e p'ra ver!
Depois disto, eu e o meu irmão afastamo-nos: queria mostrar-me um bar onde costumava ir com os amigos.
Para la chegar, era preciso passar pelo telhado de uma antiga e pobre casa.
Subitamente, era de dia, e um nevoeiro espesso toldava o céu.
Eu e o meu irmão estávamos os dois a atravessar o telhado quando de repente eu cai, morta de medo e a rir a bandeiras despregadas.
-Carolina! - gritou ele, mais divertido que alarmado, e correu a segurar-me.
Bem tentei, mas não consegui tornar a subir para o telhado: escorregava constantemente:
-Tomas, não podemos ir por outro lado? - perguntei, já a ficar preocupada.
-Não. Temos de ir por aqui! - insistiu ele, num tom brincalhão.
-Mas... Tomaaaaas! - gritei, ao cair do telhado.
De olhos esbugalhados, espantada e divertida, dei comigo sentada num alpendre, mesmo abaixo do telhado. Era muito confortável...
Pus-me de pé com um salto e estava prestes a sair dali para fora quando um homem de aspecto rude, gordo, com barba por fazer, suspensórios e chapéu de palha, enfiou a mão no meu bolso e de la tirou algo muito semelhante a uma bola de bilhar. Era um comprimido. Não me lembro como, quando, ou a que propósito, mas sei que tinha ido para ao meu bolso pouco antes, durante o meu sonho. Tenho ideia que estava a usar um vestido azul de inverno, e um casaco castanho que não vejo há muitos anos, (e que por acaso fica muito mal com o tal vestido) que já nem me deve servir. Não me lembro que roupa estava a usar ate então.
Sorri para o homem e fui-me embora, passando por um buraco numa grade que rodeava a propriedade.
Oculta entre urtigas e outras plantas selvagens, vi uma mulher de papel aproximar-se do homem rude, e gritar-lhe:
-Com quem estavas, homem! Andas-m'a trair! - choramingou ela - Vou-m'embora!
-Oh, mulher, não vás! Na tava aqui ninguém!
-As roupas que estavam no alpendre estão amachucadas! Esteve ai alguém!
-Na esteve nada! Não te vás embora!
Acho que fizeram as pazes...
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Os jonas brothers presenciam um momento de paz
Tive ha ja umas semanas um sonho muito curioso... Vi, numa pista de gelo, a sair de um coche que caira, os Jonas Brothers, cheios de medo de se terem metido nalguma alhada.
Ao levantarem-se e olharem a sua volta, deparam-se com as bancadas do pavilhao atlantico, ao redor da pista de gelo, cheias de chineses. Só havia chineses nas bancadas.
Num repente, os chineses desatam a gritar, irados, e, no momento seguinte, a cantar.
-Estao a ter um momento de paz! - disse alguem perto de mim, que estava na bancada. -E muito raro, deviamos sentir-nos priveligiados por pudermos ver isto!
"Momento de paz?" pensei. Levantei-me na cadeira e gritei para os chineses:
-Deixem-se de parvoices! Nao veem que estao a fazer da vossa naçao e da vossa cultura uma caricatura!?
Mas ninguem me ligou nenhuma: em vez disso, começaram todos a abraçar-se, a beijar-se... e por ai fora.
-Oh meu Deus!... - exclamei.
Depois de alguns minutos, a multidao de chineses levantou-se como se nada tivesse acontecido e foi-se embora. Do meio das bancadas vazia, uma tia minha gritava:
-Entao e para mim, nao ha nada? O senhor... - nao me lembro no nome do senhor que ela chamava - Olhe que eu nao gosto quando para mim nao ha nada!
Ao levantarem-se e olharem a sua volta, deparam-se com as bancadas do pavilhao atlantico, ao redor da pista de gelo, cheias de chineses. Só havia chineses nas bancadas.
Num repente, os chineses desatam a gritar, irados, e, no momento seguinte, a cantar.
-Estao a ter um momento de paz! - disse alguem perto de mim, que estava na bancada. -E muito raro, deviamos sentir-nos priveligiados por pudermos ver isto!
"Momento de paz?" pensei. Levantei-me na cadeira e gritei para os chineses:
-Deixem-se de parvoices! Nao veem que estao a fazer da vossa naçao e da vossa cultura uma caricatura!?
Mas ninguem me ligou nenhuma: em vez disso, começaram todos a abraçar-se, a beijar-se... e por ai fora.
-Oh meu Deus!... - exclamei.
Depois de alguns minutos, a multidao de chineses levantou-se como se nada tivesse acontecido e foi-se embora. Do meio das bancadas vazia, uma tia minha gritava:
-Entao e para mim, nao ha nada? O senhor... - nao me lembro no nome do senhor que ela chamava - Olhe que eu nao gosto quando para mim nao ha nada!
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