Um dia depois do pesadelo que aqui publiquei antes, sonhei que estava em casa dos meus avós, com o meu irmão no quarto de visitas, debruçados na janela a olhar lá para baixo.
No terraço, encostado ao muro, estava um homem de aspecto miserável, mas que, com toda a dignidade do mundo, tocava violino. Era uma música lindíssima.
O meu irmão, deliciado, quis juntar-se-lhe: correu a pegar no seu violino, e foi ter com ele ao terraço. Pôs-se de pé sobre o muro e tocaram juntos.
Era tão bonita, a música, que eu até tinha pena de não saber tocar um instrumento qualquer, para me juntar a eles e fazer parte daquela melodia maravilhosa.
Procurei pela casa toda algo que eu pudesse tocar. Acabei por descobrir algo que até se parecia com um violino... Meio desfeito, é certo, e era diferente a maneira de usá-lo, mas, ainda assim, um violino: não tinha vara, e para o tocar era preciso friccionar com os dedos as cordas, prendendo-as com teclas montadas na cabeça do violino para tocar diferentes notas.
Lembro-me vagamente de um grande algazarra, de uma espécie de almoço, de ouvir a musica do meu irmão e do seu companheiro e de estar ansiosa por lhes mostrar o meu achado.
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