Esqueci-me que devia ter publicado este sonho antes de "Minões, minões" : é-lhe anterior...
Seja como fôr, estava no jardim da quinta onde moro, mas não na parte bonita, diante da qual as pessoas param para tirar fotografias. Estava na parte selvagem, onde o terreno é íngreme e a relva tão espessa que é difícil caminhar entre ela. Por todo o lado há pedras, árvores tombadas, e muitas, muitas mimosas. Aquelas plantas são uma autêntica praga.
Estava com o meu irmão (que na realidade nunca vai para o jardim, muito menos para a parte selagem, desde que deixámos de ser crianças) e tinha entre as mãos um cachorrinho recém-nascido: estávamos a celebrá-lo. A determinada altura o bebé começou a urinar nas minhas mãos (isto acontece-me sempre...), e tive de o afastar um pouco de mim para não me sujar mais.
Pouco depois, estávamos no cantinho mais remoto de toda a quinta com toda a nossa família, unicamente por causa do bebé.
Durante a festa, a mãe do meu padrasto aproximou-se de mim para comentar como os homens não lhe resistiam, apesar da sua idade avançada. Eu lancei-lhe um olhar de desprezo pelo canto do olho (ultimamente ela tem-se revelado uma pessoa extremamente cruel), entreguei o cãozinho a alguém e comecei a trepar pelas pedras, dizendo bem alto:
-Com licença, tenho de ir ao meu quarto ver se alguém me roubou... - a mãe do meu padrasto ofendeu-se muito com o que eu disse: era bastante claro que estava a gozá-la, uma vez que vive apavorada com a ideia com que a roubem. Aliás, todas as empregadas que teve até agora, por muito amáveis, prestáveis e educadas que fossem, eram aos seus olhos ladras cínicas. Os filhos dela também são ladrões, os caseiros das suas quintas também são ladrões,... Ironicamente, existem pessoas que a roubam mesmo, e dessas, ela nunca suspeita. Pensa que são pobres criaturas injustiçadas que precisam do seu socorro, ou então que nutrem por ela um verdadeiro interesse ou até amor passional, e merecem o seu dinheiro... perdão, a sua atenção.
Então ela pôs-se a subir a encosta atrás de mim, a tagarelar, sem que eu lhe desse importância.
Entrei em casa (que parecia uma daquelas coisas enormes e coloridas onde os miúdos brincam no McDonald's) e fui até uma espaçosa divisão destinada aos meus cães, onde havia somente um sofá.
Ela continuava a cacarejar incansavelmente atrás de mim, e de repente senti-me tão cansada (e senti mesmo), que caí no sofá e desmaiei.
Então entraram na sala vários actores, vestidos com bonitas roupas coloridas que lembravam os palhaços do Circu du Soleil. Estou convencida de se tratavam dos meus cães transformados em pessoas.
Não existem palavras para definir a raiva que nutriam pela mãe do meu padrasto naquele momento. Mataram-na, e, no momento em que acordei, já não restavam nenhumas provas do crime.
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