segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Pensem no planeta Terra. Agora imaginem que, em vez de os continentes estarem na sua superfície da esfera, a encararem o espaço, encontravam-se no seu interior, e encaravam-se uns aos outros. No meio, ficava o céu, com todas as suas nuvens, planetas e estrelas.
No meu sonho de anteontem, a Terra era assim.
Era de noite, e eu viajava de carro, ou mota, com o meu pai. O mundo parecia deserto. À nossa frente, só se via a estrada, à esquerda e à direita, uma extensa planície (Que, pelo seu tom amarelo-torrado, lembrava uma savana, e, acima das nossas cabeças, o céu, de várias cores maravilhosas: preto, azul-escuro, roxo.
O meu pai parou junto a uma tabuleta.
-Sabes onde estamos?
-Onde?
-Na Ásia.
Ao ouvir isto, fiz questão de sair da mota, ou do carro, para pisar chão asiático.
Assim que o fiz, o meu pai, que não saíra do veículo, acelerou e inverteu a marcha, contornando-me, como se fizesse tenção de me abandonar ali.
Sem pensar, agarrei com ambas as mãos o veículo, que imediatamente se deteve.
O meu pai saiu do carro e ficou comigo a olhar para o céu.
-Olha! - exclamei -A Europa.
No horizonte, a terra curvava-se para cima. Era por isso que, de onde estávamos, parecia que ela estava no céu.
Nesse momento, algo semelhante à Aurora Boreal irrompeu no céu, mesmo ao lado de Portugal. Pareciam grandes explosões de cor.
Mais tarde, eu, o meu irmão e o meu padrasto, discutíamos a possibilidade de uma viagem ao Brasil, onde um espectáculo semelhante ao que eu vira com o meu pai iria suceder.

Sem comentários:

Enviar um comentário